Atitudes Respeitosas em um Mundo Diverso

Conheça o projeto organizado pela Escola Sesc Potilândia!

O que é o projeto?

Durante os jogos de futebol, algumas situações aconteciam com frequência e que causavam entre a turma conflitos que iam além do intervalo.

Algumas situações envolviam diferenças e estas causavam desconforto entre os pares e reverberam na sala de aula, comprometendo a aprendizagem.

A partir disso, foram promovidas rodas de conversas, pesquisas e debates sobre respeito e diversidade.

Objetivos de Aprendizagem

Inclusão social

Compreensão sobre o conceito de diversidade

Criação de uma cultura de respeito e equidade

Protagonismo na aprendizagem

Contextualização

A turma do quinto ano gosta de usar a bola durante o intervalo e dentre as brincadeiras favoritas, principalmente dos meninos, é jogar futebol…

Durante os jogos de futebol, algumas situações aconteciam com frequência e que causavam entre a turma conflitos que iam além do
intervalo. Algumas situações envolviam diferenças e estas causavam desconforto entre os pares.

Eram falas como: “meninas não dominam o futebol, não devem jogar”, ou “ você não serve para o meu time”, “eu não vou jogar com você porque é muito lento”, “sabia que daria errado jogar com quem não sabe”, “desta vez eu ganhei porque só tinham os melhores no meu time”, dentre outras frases e expressões que não estavam soando nada inclusivas e que tinham um peso negativo frente à diversidade existente no nosso contexto escolar.

Tais ocorrências reverberam na sala de aula, comprometendo a aprendizagem. Os alunos que se sentiam excluídos da brincadeira do intervalo, explanavam nas aulas e viraram rodas de debates com envolvimento das docentes para apaziguar os ânimos da turma.

Algumas crianças eram resistentes à combinados, até que em um determinado momento, partindo de um questionamento de uma aluna, as professoras notaram que deveriam levar adiante o conceito de diversidade para a sala de aula.

Um aluno reclama sobre não ter direito de escolher o seu time, julgando ser o melhor jogador da sala de aula e que alguns eram “ruins demais para jogar com ele”.

A aluna Laura (10 anos e 3 meses) , pediu a vez para falar e questionou o seu colega:

– “ Desrespeitar não é legal. Essas atitudes deixam os colegas tristes e eu mesmo não jogando futebol, fico chateada com a situação!” Laura ( 10 anos e 2 meses).

Atividades Realizadas

Tal questionamento levou os docentes a reorganizar as aulas e levar todos a uma roda de conversa e abrir a fala para as crianças.

Os que se sentiam excluídos puderam expor suas insatisfações e inseguranças. Por sua vez, quem praticava algumas atitudes desrespeitosas também tiveram seu momento de falar o que pensava e o que considerava justo.

Durante a conversa, se falou de um ato que estava em pauta no universo de futebol e que havia acontecido no dia anterior: Um atleta
brasileiro negro, conhecido como Vini Jr., jogador de futebol na Espanha, que foi vítima de racismo em campo. As professoras levaram para a roda as seguintes perguntas: “O que ele achou disso tudo? Como se sentiu? Será que isso já aconteceu com outros atletas? O que podemos fazer? ”

Partindo de um debate acalorado, após os questionamentos, os alunos foram convidados a fazer uma pesquisa em casa de atletas que sofreram algum tipo de preconceito em campo.

A pesquisa deveria envolver notícias de jornais, revistas, sites e vídeos de entrevistas com os atletas sobre a situação.

Na data combinada, os alunos exibiram em sala o que encontraram e houve diálogo sobre as atitudes e o que gera partindo disso (punições, exclusão de atletas e torcida no campo, trocas entre outros).

As docentes, com apoio das pesquisas realizadas pelas crianças, lançaram a temática “fair play”, expressão utilizada nos esportes, conhecida como “jogo limpo”.

Os alunos foram apresentados a situações em que o jogo respeitoso acontecia e que isso se ampliava a vida do atleta e inspirava a todos.

A turma, coletivamente, listou as atitudes “jogo limpo” que poderiam ser usadas na nossa vida: entender que cada um tem habilidades e insuficiências, saber dar a vez, ter regras claras com todos os envolvidos nas atividades e, principalmente, entender que somos seres diversos e que todos possuem suas especificidades e devemos respeitar.

– “Desenhei uma jogadora, porque temos boas jogadoras no futebol também”. Citou Jennifer (10 anos e 3 meses).

– “Nós precisamos criar juntos as regras do nosso futebol” Disse Lucas (11 anos e 10 meses), que prontamente quis organizar os cartões amarelo e vermelho.

– “As professoras serão a FIFA e vão ajudar a turma a seguir as novas regras. Algumas meninas poderiam ser as juízas” Ponderou Caio (10 anos e 10 meses).

Antes de levar tais regras para o campo, a turma voltou para roda de debate, trazendo novamente a situação de racismo que ocorreu
com o jogador brasileiro.

Com apoio das docentes, em grupos, organizaram um cartaz coletivo explicando sobre fair play e outro cartaz com desenhos pintados com pessoas das mais diversas etnias, como forma de apoio aos atletas que sofreram preconceito no esporte.

Tal ação tinha objetivo também, segundo as crianças, de reiniciar a nova fase das brincadeiras de futebol e expor para as demais turmas a necessidade de pensar sobre as ações.

O trabalho envolvendo fair play entrou na rotina das aulas. Os alunos são convidados a fazer uma auto avaliação de atitudes respeitosas na sala de aula antes do intervalo e decidirem, em conjunto, sobre o momento das brincadeiras.

Na nova fase dos jogos no parque, os alunos criaram a regra de ouro: o jogo acaba quando alguma atitude se torna desrespeitosa. A regra tem objetivo de inibir qualquer situação que cause desconforto para o outro.

Todos os alunos são convidados a brincar e dividem as equipes entre si, criando uma cultura de respeito e equidade.

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE

O AEE é um espaço organizado para atender as crianças com algum transtorno de aprendizagem ou com déficits cognitivos da Escola SESC Potilândia. Estas crianças são atendidas no contraturno pela Psicopedagoga da escola.

A família é convidada pela Psicopedagoga para que a sua criança possa participar do AEE e a partir desta confirmação é realizado um Plano de Desenvolvimento Individual – PDI com objetivos apropriados para cada situação, partindo da história de vida de cada criança que irá frequentar este espaço da escola. O trabalho objetiva potencializar as habiidades de cada um, bem como traçar caminhos para as dificuldades serem sanadas.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em 19.05.2023.

https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/edu.br

Nuvem de informação

Mais informações sobre o projeto

  • Escola: Sesc Potilândia
  • Professoras: Michelly Fonseca e Társia Borges
  • Orientadora Pedagógica: Sérgio Fonseca
  • Turmas: 5º ano "B" (10/ 11 anos)
  • Período de execução: Março a Junho/2023
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